O PATIFÚNDIO!  

Posted by André Ferrer


“O Patifúndio!” é uma revista de cultura lusófona. Com a internet (e quem sabe com os acordos!), as várias literaturas em Língua Portuguesa podem virar uma só: a Literatura Lusófona. Sempre que puder, publicarei algo respeito deste que é um assunto fascinante para mim. Se no Brasil centenas de escritores anônimos criam isoladamente várias literaturas ignoradas pelo sistema, o que dizer de todos esses países mundo afora? Começo por um artigo do angolano Francisco Macongo (foto), mestrando em Psicopedagogia na UNIFIEO, em Osasco, São Paulo. Em “Primórdios da Literatura Angolana”, Macongo fala do papel das palavras na construção (ou reconstrução) de um país espoliado pelo processo colonialista e que enfrentou uma árdua guerra civil. - por ANDRÉ FERRER, outubro de 2009.

Primórdios da Literatura Angolana

Foi justamente por meio da palavra que a realidade angolana começou a ser redesenhada

A Literatura é entendida como a arte de criar e recriar textos; de compor ou estudar escritos artísticos; o exercício da eloquência e da poesia; o conjunto de produções literárias de um país ou de uma época e ainda, como a carreira das letras pois, do latim “litterae” significa “letras”.

Neste artigo, apresentamos a literatura, como sendo o retrato da atividade humana, gerada pelas manifestações sócio-culturais de uma população em um determinado tempo e espaço social, através da utilização da linguagem, da língua e da escrita para fins não somente de comunicação, mas também estéticos, culturais e sobretudo, para a transmissão e conservação do legado cultural... LEIA MAIS!

CRÔNICAS DE RG  

Posted by André Ferrer


Do blog “Crônicas de RG” , o texto “A urdidura”:


A força da prosa e da poesia são as imagens. Aliás, a narrativa pode ser descrita como fragmentos de ação logicamente odenados e conectados como fotogramas de um filme que, rodados em série, na exata velocidade, reestabelecem os movimentos e recriam a vida. A força de uma narrativa, portanto, não só está nas imagens que o escritor adota de maneira adequada, mas também no modo como ele consegue intercalar tais imagens numa urdidura perfeita de ações. Cada imagem no seu devido lugar - entre gestos friamente calculados. É assim - e somente assim -, raciocinando mais ou menos como um diretor cinematográfico sem câmera, que o escritor trabalha. Ações e imagens concatenadas no tempo e no espaço sem que o fio da história seja interrompido, sem que este se mova aos trancos, do início ao fim. - por ANDRÉ FERRER, outubro de 2009.

PEGA-ME GOOGLE!  

Posted by André Ferrer


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INTERURBANOS  

Posted by André Ferrer


Ao lado, um dos lendários “catecismos” de Carlos Zéfiro. A seguir, “conto” escrito por Fábio e publicado no “Interurbanos”:

Lílian não aguentava mais. Aquela era a última vez que Saulo, seu marido, enfiaria a mão no meio de suas pernas e diria: "Vai regular essa mixaria?" Esperou ele sair e interfonou para o porteiro:
- Vêm para cá agora, seu Genésio. E traz o zelador e o segurança. Ah, traz quem você quiser.
Aquela tarde, a até então recatada senhora deu muito, de todas as formas. E gritava para o marido, ainda que ele estivesse ausente:
- Não, Saulo! Eu não vou regular essa mixaria nunca mais! Pra ninguém, ouviu? PRA NINGUÉM!
 
Como bem se vê acima, encontrei um blog dedicado – eu diria – ao conto. Gostei da simplicidade. Foi tudo. As histórias curtas, “short story”, de “Interurbanos” parecem ter saido da última página de alguma revistinha suja. Os palavrões estão à solta. Algumas histórias já começam com “a mão naquilo”. Porém... PORÉM: são narrativas rasas, que servem para divertir. Entretenimento sem beletrismo. O que assusta é a imaginação do autor, bem como a sua disposição. Existe uma quantidade enorme de histórias para tão curtos espaços de tempo. Em maio de 2008, contudo, a produção encerrou abruptamente! O contador de histórias parece ter-se esgotado. Fim do sêmen criativo. - por ANDRÉ FERRER, outubro de 2009.

ANÁLISE BLOGUEIRA  

Posted by André Ferrer


“Além do Que Se Vê” é um exemplo do “bom blogar”. Leio essa página desde o início do ano. A última crônica é sobre um mal que abate religiosamente todo blogueiro: a falta de tempo para escrever. E se o blogueiro for consciente. Se ele gostar de um texto bem acabado. Então... É um sofredor diuturno.

Sobre o mesmo tema, “falta de tempo para escrever”, encontrei outro post interessante. Foi no “Análise Blogueira”. Excelente página com dicas a perder de vista. Em “Como escrever com qualidade em seu blog, mesmo sem tempo”, lê-se: “Ultimamente estou forrado de compromissos o dia inteiro, dormindo no máximo 6 horas por dia e ficando morto à noite. Quando temos uma rotina assim, precisamos encontrar tempo para se divertir. Portanto, as coisas devem ser feitas mais rápidas, mas não podemos tirar a qualidade de nosso trabalho, mesmo sem tempo. Na blogagem, precisamos otimizar nossas tarefas, fazendo com que elas tomem menos o nosso tempo, mas mantendo a perfeição.” - por ANDRÉ FERRER, outubro de 2009.

MORRÓIDA  

Posted by André Ferrer


Encontrei uma imagem no Google. Gostaria de apresentar este fofinho aí para mascote das Olimpídas Rio 2016. Foi uma sugestão do Roger Guilherme Torremolinos, das “Crônicas de RG”, meu heterônimo. Será que o Ziraldo encara criar um mascote assim?

Hoje é 02 de outubro. Bestificado, fiz uma busca faz dez minutos no Google: “Rio 2016 blogs”. Não achei muita coisa significativa sobre a escolha do Rio nos blogs, digamos, independentes. Há muita coisa nos blogs manjados da Globo, da Folha, Veja, etc, onde só escrevem os medalhões do sistema. Nada disso! Estava em busca de algo mais reacionário. Qual é? Antes, todo o sistema criticava e agora todos os medalhões viraram candidatos a mascote das Olmpíadas de 2016! Observação: creio que se tiver mascote, vai ser do Ziraldo (Eu já fiz a minha parte e a sugestão está lá em cima!). Quem quer apostar que vai ser o Ziraldo? Para não dizer que dei com os burros n'água “completamente”, achei este post no “Diário da Morróida”. Bacana. Trabalhador de verdade, não gosta de festa em plena sexta-feira. São Paulo vai trabalhar o mês inteiro das Olimpíadas, pagando os impostos altos que virão, enquanto o Rio de Janeiro para. Novidade... Afinal de contas, alguém vai ter que pagar a festa: São Paulo e o resto do Brasil! Aguardem os impostos. O do cheque já voltou com outro nome. Alguém aí percebeu? - por ANDRÉ FERRER, outubro de 2006.

SCRIPTUS  

Posted by André Ferrer


Hoje, 02 de outubro de 2009, li um ótimo post sobre as Olimpíadas do Rio e o presidente megalomaníaco Lula da Silva. Por falar nisso, são 12:44 horas, e ainda não sei quem venceu a concorrência: Madri, Chicago, Tóquio? (Ops!) Rio? Fica, então, para a posteridade julgar o texto que saiu no “Scriptus” . Blog bem escrito. Fotografia, crônicas e também muita poesia. Por favor! Visitem!

Mas, pensando bem: quando começa a posteridade nesse caso? Ah, hoje, ainda, depois que tudo ficar certo na Dinamarca. Torço para que seja no Rio. Em 2016, todos saberemos o resultado deste governo populista e marketeiro. Estaremos “podendo” arcar com a festa?! Outra posteridade... - por ANDRÉ FERRER, outubro de 2009.

MULHERICES  

Posted by André Ferrer

“Quando me perguntam se o nome [do gato] é homenagem ao Sílvio Santos, eu digo que sim, pra não complicar. Mas o nome completo do meu Sílvio é Sílvio Berlusconi! Sim, uma homenagem àquele exemplar remanescente do tempo que homem era homem. Rico, poderoso e fanfarrão. (...) Os puritanos daqui, como os de lá, podem achar um horror, mas eu prefiro políticos assim a esses velhos borocochôs de Brasília, que não comem ninguém e descontam metendo na bunda do povo!” Stella Benevides no texto “Sílvio”.

Uma blogueira que não gosta de criança, tem o Sílvio Berlusconi como modelo de macho (e não o Zé Mayer como a maioria) e considera os carroceiros da rua e os seus cachorrinhos o último exemplo de amizade verdadeira na face da Terra. Eis a Stella Benevides, que escreve com mais duas garotas no blog “Mulherices”. A Stella tem uma Remington (máquina de escrever) e não entende nada de web. Escreve, segundo li, a convite das amigas que são versadas no mundo digital, Vanessa Pinho e Karina Lima. Vale a pena conferir o “Mulherices” a pesar de certos exageros. Algumas histórias têm um débito impagável com a tal da licença poética e, frequentemente, a Stella mais parece um Marcelo Mirisola rosa-choque. Certo. Certo. Este blog não chega aos pés do “Avassaladoras Rio” em termos de feminismo revisitado, mas aquele sonoro “não” ao Zé Mayer, em termos de macharia e (subliminarmente) canastrice, já está de bom tamanho. - por ANDRÉ FERRER, outubro de 2009.

OUTRAS ANDANÇAS  

Posted by André Ferrer

Retrato do Seu João, 1938-2009 (autor desconhecido) que, segundo o blogueiro Everaldo Ygor, “foi um guerreiro, um anfitrião, venceu várias vezes o seu marca-passo que teimava em falhar, venceu a velhice com suas narrativas e resolveu passar para o outro plano assistindo TV junto com a sua família...”


Quando morre um elemental, fada ou duente – dizem –, uma estrela se apaga no céu. E quando morre um contador de histórias? Uma constelação de luzes, creio eu, acabam se apagando na Terra. Este mundo já tão cheio de escuridão recrudesce. As narrativas iluminam. Elas, que nasceram ao redor das fogueiras imemoriais, tomaram para si, desde sempre, a vocação de esclarecer o negro coração do homem. Quando morre um narrador como o Seu João, retratado pelo poeta blogueiro Everaldo Ygor no post “Homenagem Póstuma” , o homem e o mundo ficam obscuros. Vemos, por outro lado, que a essência da boa literatura é inata, pouco importando a formação do sujeito. Muitos escritores de cátedra e canudo produzem romances onde não se conta história nenhuma que não seja a história do próprio umbigo. Vendem livros como àgua, é verdade, na companhia de ex-putas e celebridades-relâmpago mais prestigiados pela ganância editorial (leia-se marketing e lucro) do que pela inventividade. Quem reclama que a Literatura Brasileira contemporânea anda ruim sente falta de verdadeiros contadores de histórias. Numa singela e poética crônica, Everaldo Ygor toca na questão inconscientemente. Confira em “Outras Andanças”. E viva o Seu João, iluminador desta trevosa Terra! - por ANDRÉ FERRER, outubro de 2009

AVASSALADORAS RIO  

Posted by André Ferrer

"O Beijo”, foto eterna de Alfred Eisenstaedt, que foi tirada em pleno Times Square no dia da rendição do Japão em 15 de Agosto de 1945. A imagem ilustra uma das histórias do “Avassaladoras Rio”.


À primeira vista, o “Avassaladoras Rio” parece mais um blog escrito por mulheres ressentidas e ávidas por dividir seus ressentimentos com as colegas conectadas. Nesse tipo de página, que tempos atrás medrou na blogosfera brazuca, o catalisador da fúria feminista costuma ser o humor e o sarcasmo. No “Avassaladoras Rio”, há diversos componentes como a nostalgia e a delicadeza que tornam a equação macho-fêmea bem mais complexa (e humana, também diria), deixando de lado o puro maniqueísmo e aproximando da realidade atual esta que é uma das questões mais antigas e intransigentemente humanas. Há também notícias, dicas e responsabilidade social evidente. Comparações e piadinhas rápidas, aqui, são trocadas por belas narrativas que lembram as colunas românticas das antigas revistas femininas. São histórias curtas e bem escritas. Nelas não há o vazio de conteúdo nem o esnobismo literário também bastante comum na blogosfera; dizem aquilo que dizem diretamente. Sem artificialismos ou masturbação intelectual. Existe uma série de histórias (Doidas & Santas) em que os protagonistas recebem sempre os nomes Edgard e Laura. Numa das melhores (e que combina excelentemente com o visual Anos 40 do blog), a protagonista pensa perder o amor da sua vida para a Segunda Guerra e mergulha de cabeça numa vidinha forno-e-fogão até que, algumas décadas depois, quando já é avó e viúva, reencontra o seu herói de guerra. Vale a pena visitar esta criação conjunta de Cristina Guedes, Lúcia Helena, Gilma e Yoneide, uma confraria pós-moderna, mais feminina e humana do que feminista, que soma e multiplica no lugar de dividir, presta serviços sociais (vide a campanha Outubro Rosa) e, assim, respeita o visitante e privilegia o bom gosto. - por ANDRÉ FERRER, outubro de 2009.